segunda-feira, 23 de maio de 2011

Violência contra a Mulher : conheça o ciclo da violência doméstica.

Violência Doméstica contra a Mulher!!!

Olá pessoal!

Hoje resolvi escrever sobre um tema, que a maioria das pessoas devem dizer que já está cansado de ouvir!
Mas acontece que estatíscas mostram que nos últimos 10 anos pelo menos 10 mulheres foram mortas por seus companheiros por dia. É p/ se assustar com esse dado ou não é?

A lei Maria da Penha vem contribuindo e muito para que as mulheres denunciem e se afastem dos agressores, mas nem sempre as medidas protetivas são efetivadas e essas mulheres ficam a mercê dos algozes.

O importante é que no primeiro indício de violência a mulher se afaste do companheiro, se é que podemos chamá-lo assim, porque a tendência é piorar. Precisamos combater a violência contra a mulher, mas o primeiro passo deve partir da mulher agredida, porque a nossa legislação só admite a prisão do agressor e oferece as medidas protetivas mediante queixa da ofendida.

Por isso resolvi divulgar aqui no blog o Ciclo da Violência Doméstica, elaborado no estudo da psiquiatra americana Lenore Walker, para que os sintomas da violência doméstica e familiar seja conhecido por todos.
O ciclo é composto por três fases, a saber:

1ª Fase - Estágio de acumulação de tensão: nesta fase ocorrem incidentes menores como agressões verbais, crises de ciúmes, ameaças, destruição de objetos, etc. Nesse período, que tem duração indefinida, a mulher geralmente tenta acalmar seu agressor, mostrando-se dócil, prestativa, capaz de antecipar cada um de seus caprichos ou buscando sair do seu caminho. Ela deixa o agressor saber que ela aceita o seu abuso como dirigido legitimamente sobre ela. Não que ela ache que deva ser agredida, mas porque acredita que ao fazer isso irá evitar que a violência dele aumente. Ela não está interessada na realidade da situação, porque ela está desesperadamente tentando evitar que ele a machuque mais. Para manter este papel, ela adota uma defesa psicológica muito comum - a “negação”. No entanto, à medida que a tensão cresce, há efeitos que aumentam a tensão: a raiva da mulher espancada cresce e diminui qualquer controle que ela possa ter sobre a situação. O espancador não tenta controlar-se, apoiado na aparente passividade da mulher diante de seu comportamento violento. A omissão social reforça no agressor a crença de que ele está no seu direito de disciplinar sua mulher. Ele, no entanto, está bem consciente de que seu comportamento não é adequado: a maioria dos espancadores é violenta apenas dentro de suas casas, percebendo que sua atitude não seria tolerada em público.   um período em que o comportamento do agressor torna-se mais hostil, a humilhação psicológica mais contundente, seus ataques verbais mais violentos, os pequenos incidentes vão tornando-se mais freqüentes e a tortura psicológica mais difícil de lidar. É quando ocorre a segunda fase.

2ª Fase - Incidente de espancamento grave: a segunda fase é marcada por agressões agudas, quando a tensão atinge seu ponto máximo e acontecem os ataques mais graves. Esta fase é caracterizada pela imprevisibilidade e pelo descontrole. Ele começa querendo dar uma lição na mulher, não pretendendo infligir nenhum ferimento específico e pára quando ele sente que ela aprendeu a lição. Só que, quando isso acontece, ela já foi gravemente espancada. O que detona a segunda fase geralmente são algum acontecimento externo ou um estado interno do homem. É a fase mais curta do ciclo, dura geralmente vinte e quatro horas, mas há mulheres que passam semanas de terror. Qualquer que seja a reação da mulher ao se iniciar um ataque, ela será espancada. Durante o incidente agudo, ela compreende que o seu agressor está completamente fora de si e que ela não deve reagir. Quando o ataque termina, é geralmente seguido de choque, negação e incredulidade de que a agressão realmente aconteceu. Seus sintomas incluem: apatia, depressão, sentimentos de desamparo.

3ª Fase - Pausa calma e amorosa: enquanto que a brutalidade é associada à 2ª fase, a 3ª fase é caracterizada por um comportamento arrependido, extremamente amoroso e bom. O agressor demonstra remorso e medo de perder a companheira. O espancador acredita verdadeiramente que ele não vai nunca mais machucar de novo a mulher que ama; ele acredita que ele pode controlar-se de agora em diante; a mulher espancada quer acreditar que ela não mais vai sofrer violência. Ela se convence que ele pode realmente fazer o que promete. O comportamento amoroso dele reforça sua decisão de permanecer no relacionamento. O casal que vive uma relação violenta é muito dependente um do outro e é na 3ª fase que estes laços se estreitam. É o começo do início desta fase, que usualmente as mulheres procuram ajuda. É quando elas podem conseguir escapar da situação de violência, mas como é a fase em que ela é mais bem tratada pelo companheiro, é muito difícil para ela decidir-se a terminar o relacionamento. A duração da terceira fase parece ser maior que a segunda fase, mas menor que a primeira. Até que pequenos incidentes de violência começam a acontecer novamente iniciando um novo ciclo.

Então é isso, divulguem o ciclo da violência, pois o conhecimento do ciclo pode ajudar muitas mulheres a identificarem do que estão sendo vítimas e assim procurarem ajuda mais rapidamente. Evitemos mais mortes!

Namastê!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário